Wednesday, October 12, 2005

Deixa-te ficar na minha casa

Tenho livros e papeis espalhados pelo chão.
A poeira de uma vida deve ter algum sentido:
Uma pista, um sinal de qualquer recordação,

uma frase onde te encontre e me deixe comovido.

Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locais, por que brincas, por que ris
E depois o arrepio, a memória dos afectos
(hmmm) Que me deixa mais feliz.

Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...

Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente,
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade.
(hmmmmmm) Afinal, eternamente.

Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
Deixa-te ficar na minha casa.
Há janelas que tu não abriste.
O luar espera por ti
Quando for a maré vasa.
E ainda tens que me dizer
Porque é que nunca partiste...

(Filarmónica Gil)


3 comments:

astolfo said...

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
e que nele posso navegar sem rumo,
guardo o sentido como nunca perdido
e embarco em novas divagações…

A viagem não foi em vão
muito menos esquecida.
Saber que a lua é sempre bela
dona de tanta graciosidade...
é tudo que basta para a lembrança
jamais se perder com a eternidade…

Assim um dia o céu se aclare, surja a aurora
Como sempre delicada
em seu tom celestial…
Que o luar e as estrelas convivam em felicidade
Que o mundo será sempre nosso
E o meu mundo será sempre teu…

Astolfo 05’

Noggy said...

bonito :)

Anonymous said...

humm... sinto-me tentado a responder à música ^^ *