Wednesday, July 12, 2006

Flor, talvez


Flor, talvez
mas nunca rosa opulenta
nem orquídea requintada
nem cravo aberto de esperança.

Nenhuma flor de enfeite
nenhuma cor de requinte
nenhum emblema gritante.

Flor, talvez.

Se quiseres perceber a flor de mim
pensa na que surge um dia
entre a secura do campo.

É frágil,breve,pequena
resiste à ardência do sol
no tempo que lhe é dado.

Flor, talvez
da cor dos sonhos suaves.

Flor azul, azul, azul.

(Lique)

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