Turangalila - Sinfonia X, de Oliver Messiaen (1908-19922)
Messiaen é frequentemente apontado como um dos maiores compositores do século XX e está, seguramente, entre os três mais importantes e influentes compositores franceses do século, juntamente com Debussy e Ravel. A sua música é de tal forma original que se torna imediatamente reconhecível. Apesar de ter estado nos anos 40 ligado ao serialismo e depois à música concreta (recolheu e anotou exaustivamente os sons dos pássaros de quase todas as regiões de França!!), Messiaen seguiu um caminho muito próprio, não se deixando filiar em qualquer tradição ou corrente musical.
A sinfonia foi escrita para grande orquestra, piano e ondas martenot, instrumento electrónico apresentado em 1928, cujo nome se deve ao seu inventor, Maurice Martenot. Este instrumento caracteriza-se por produzir um som que desliza entre as notas, e por não poder gerar acordes, dado que apenas produz uma nota de cada vez. Trata-se de um instrumento com um timbre completamente diferente de qualquer outro e o som conhecido mais parecido é o das modernas sirenes de alguns carros de polícia. Embora o seu timbre invulgar lhe dê um destaque típico de um instrumento solista, as ondas martenot são utilizadas por Messiaen como um instrumento orquestral e não como instrumento solista.
O título da sinfonia, Turangalila resulta do sânscrito ‘turanga’, que significa "tempo que corre como o galope do cavalo" e ‘lila’, que significa "jogo divino". Provavelmente, o melhor sentido a dar ao título e à peça parece-me ter mais interesse para o conhecimento da psicologia criativa do compositor do que para a apreciação da obra em si. Mas terá algo a ver com a urgência do amor...
Porque a ouvi hoje na aula de composição e fiquei rendida... e porque não é sempre que gosto de música contemporânea.
No comments:
Post a Comment